02 setembro 2011

Palavras Duras




Que pena das pessoas que usam o que lhes foi dito como uma ferramenta destruidora e não como uma possibilidade de transformação, qualificação das relações humanas. Questionam, perguntam, indagam. Por detrás do “inquérito” encontram-se as engrenagens construtoras do desconstruir. Fórmulas, ensaios, análises e avaliações do que foi externado dentro do contexto presente ou em um projetado. Mais ainda, num contexto futuro e almejado busca-se uma relação com o passado para uma falsa certeza de que o que está sendo vivido possa trazer o planejado. Tem-se a ilusão de domínio do mundo, mas porquê se basta um segundo pra tudo se acabar? Querem mergulhar profundo, mas pra quê se ao pular vislumbram o raso se aproximar? Querem a emoção infinita, mas porquê se ao beijar a boca o olhar ainda lhes fita? Querem enganar a certeza, mas pra quê se o caldo jaz sobre a mesa? Que pena, perdem a chance de viver a possibilidade real do acaso. Que atraso...

Um comentário:

  1. Seu Chico,
    essa percepção toda é porque você mergulhou fundo e esqueceu o escafandro no armário!

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