Biutiful (Biutiful, Espanha/México, 2010) *****

Biutiful (Biutiful, Espanha/México, 2010) ***** 

Diretor: Alejandro González Iñárritu

Elenco: Javier Bardem, Maricel Álvarez e Hanaa Bouchaib 

Um “Filme/Denúncia”! Explico: mais do que retratar a mediunidade de um cara e sua luta pra viver e fazer sobreviver sua família, denuncia o abuso e a escravidão sofrida pelos imigrantes na Europa; o “câncer” chamado China que penetra em todas as células urbanas hoje na Terra (será que é exagero?!); o câncer de nós mesmos; a patologia mental tão normal no ser humano; o bissexual, o ser ancestral – até o morto que deve dar lugar ao capital; o morrer natural; o querer ser sem precisar ser igual; a beleza da inocência infantil e tantas outras “denúncias” que sempre são necessárias à nossa transformação. Pena que as transformações hoje passam quase que exclusivamente por peitos e bundas, pelo menos por aqui na “terra Portugal”. Fiquei “feliz” por ver um pedacinho da Europa espanhola ser retratada em seu lado (o)B(scuro). Incrível, tem lá também! Um filme muito bonito e triste do início ao fim. Uma tristeza bem tratada que em nenhum momento incomoda mesmo com duas horas e vinte e sete minutos de sessão. Barden está, como sempre, muito bem e bem acompanhado com um elenco de primeira. Se a beleza é fundamental, foi na beleza triste que Iñárritu desenvolveu a trama de Uxbal. A câmera o acompanha incisivamente na casa, na rua, nos becos, na cama. Fotografia “suja e poluída”, incrivelmente bela! Retrata a vida cinza, escura e curtida de nosso protagonista e de suas borboletas que insistem em não sair pela janela! Carma, culpa, drama de novela?!   Vejam!   Excelente filme, não percam!

Obs.: São resenhas conceituais! Degusta lá!

Classificação (sujeita a alterações):

    *        encare se for capaz.  [cara, tá foda!]
   * *       então tá...  [oops...]
  * * *      se rolar, valeu!  [passatempo...]
 * * * *     vale a pena!  [massa, sô!]
* * * * *    corra e não perca!  [du caralho!]
( * ) estrelas entre parênteses, favor acrescentar: 
      "e tá de bom tamanho!"